A explosão em uma fábrica de rações de Carazinho, no norte gaúcho, completa um ano em fevereiro e a investigação segue em andamento. Segundo a delegada Rita Felber De Carli, responsável pelo inquérito, a continuidade dos trabalhos depende do resultado de laudos periciais.
O caso aconteceu em 5 de fevereiro de 2024, quando uma explosão no nono andar da empresa Alisul Alimentos — Supra resultou na morte de dois trabalhadores e deixou quatro feridos. João Carlos Chaves e Adriano dos Santos Pedroso não resistiram às queimaduras de terceiro grau e morreram em 7 e 11 de fevereiro. Um terceiro atingido ficou internado em estado grave, mas atualmente se recupera em casa.
A empresa chegou a ficar interditada por cerca de um mês após o acidente, proibida de exercer atividade industrial. No entanto, conforme o Corpo de Bombeiros, a fábrica apresentou os laudos estrutural e mecânico dentro dos prazos e após vistoria de regularização, a edificação foi totalmente liberada em março de 2024.
Procurada pela reportagem, a Alisul Alimentos disse que as atividades de produção foram retomadas em abril, depois de reparos necessários na área atingida. Quanto às vítimas, a empresa afirma que prestou apoio imediato aos colaboradores atingidos e segue prestando apoio médico, de fisioterapia, psicológico e financeiro às famílias.
GZH Passo Fundo procurou o Instituto-Geral de Perícias (IGP), que disse que o laudo que deve apontar as causas da explosão está sendo finalizado e a previsão é que seja expedido para a delegacia nesta semana. A partir dos laudos, a investigação poderá ter continuidade.