O pavilhão usado para armazenar as doações aos atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul em Passo Fundo é o único que segue em operação fora de Porto Alegre e pode ser usado até junho de 2025.
Segundo a Defesa Civil do RS, a ideia é que as operações sigam normalmente até o fim do contrato com a prefeitura, que cedeu o espaço ao Estado em maio.
O órgão informou que a ocupação do espaço depende da saída de remessas do local, despachadas em 10 caminhões por semana, em média.
As entregas vão aos municípios atingidos e entidades não-governamentais e sem fins lucrativos, que podem solicitar água, produtos de limpeza e roupas armazenadas no centro de Passo Fundo.
Hoje a operação conta com o apoio de dois militares da Defesa Civil e 50 terceirizados contratados. No auge da enchente, o centro chegou a contar com cerca de 500 voluntários por dia.
Diferente da operação nos meses de maio e junho, o local agora só opera com saídas de mantimentos e não há mais recebimento de doações.
— Como estamos há mais de 60 dias recebendo doações muito pequenas, agradecemos à população, mas pedimos que essas remessas sejam direcionadas às Defesas Civis dos municípios, pois tendem a se tornar um empecilho no transporte que fazemos aqui — explicou o tenente-coronel Darci Bugs, coordenador regional da Defesa Civil.
GZH questionou a prefeitura de Passo Fundo sobre a demanda de ocupação do espaço, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto.
Centro reuniu e entregou doações a milhares de atingidos pela enchente no RS
Desde maio, mais de 800 caminhões carregados com itens de ajuda humanitária saíram do centro de distribuição de Passo Fundo em direção a diversos municípios do Rio Grande do Sul.
Depois da operação de centenas de voluntários, em julho o Estado contratou uma empresa terceirizada para trabalhar na triagem, manutenção e limpeza do espaço.
Esses contratos têm prazo de 12 meses e podem ser encerrados a qualquer momento.