Após quase uma semana de atuação, o 5° Pelotão de Bombeiros Militares de Lagoa Vermelha e o Corpo de Bombeiros Voluntários de Machadinho finalizaram, na noite de terça-feira (30), o trabalho de combate e rescaldo ao incêndio de uma ervateira em Machadinho, no norte gaúcho. O fogo começou por volta das 4h de quarta-feira (24) e, desde então, cerca de um milhão de litros de água foram usados para conter as chamas. Os motivos do incêndio ainda são desconhecidos.
Conforme o 5° Pelotão de Bombeiros Militares de Lagoa Vermelha, o trabalho foi concluído após a remoção total da matéria em combustão.
— Finalizamos o trabalho de combate e rescaldo com o auxílio de máquinas cedidas pela prefeitura de Machadinho e contratada por empresa particular, assim como o apoio do Corpo de Bombeiros Voluntários de Machadinho no abastecimento de água dos caminhões auto-bomba tanque — explicou o comandante do 5° Pelotão de Bombeiros Militares de Lagoa Vermelha, tenente Alex Moreira Barbaro.
No total da operação, foram removidas mais de 1.600 toneladas do estoque de erva-mate que estava relatado no inventário da empresa. Além disso, os bombeiros atuaram por aproximadamente cem horas, revezando em turnos entre 13 militares que trabalharam na operação.
Além do efetivo de Lagoa Vermelha, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Machadinho também atuou desde o primeiro dia. De acordo o comandante Douglas Mendes, o trabalho foi intenso.
— Todos os dias uma equipe nossa esteve no local ajudando no combate e na extinção dos focos de incêndio. Tivemos que molhar o material para retirada e não ter perigo de ter novos princípios de incêndio onde estavam as ervas. Agora, com o trabalho concluído, todos os focos de fogo foram extintos, restando somente o trabalho particular da empresa na limpeza do local — afirmou Mendes.
Conforme o comandante dos voluntários, a equipe se dividiu durante quase uma semana para atuar no local das 7h as 20h.
— Felizmente, ninguém se machucou. Nosso pessoal só está bem cansado, devido ao trabalho de todo dia puxar mangueira e tentar extinguir o fogo. Além disso, tivemos bastante cansaço psicológico, pela situação durar tanto tempo, mas ainda bem que no final deu tudo certo — finalizou o comandante.
Prejuízo estimado em R$ 20 milhões
Em conversa com a reportagem de GZH Passo Fundo, o gerente da ervateira, Altair Ruffato, declarou que o incidente afetou muitos produtores de Machadinho.
— É a maior indústria que temos no município atualmente. Pelo menos 30% da população vive dessa erva-mate. Esse pavilhão que pegou fogo era o carro-chefe da estrutura para estocar, produzir e exportar. Com esse acontecimento, se perdeu um elo da cadeia — apontou o gerente.
Rufatto estima uma perda de R$ 20 milhões entre o pavilhão, o estoque e o maquinário que estava no local. Ele afirma que em breve a fábrica dará continuidade nas atividades.