Desde quarta-feira (18), o mutirão de registro civil realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) emitiu 361 certidões em Passo Fundo, no norte gaúcho. A ação aconteceu concomitantemente em outras cinco cidades do Estado.
Durante três dias foi possível emitir a certidão de nascimento e casamento, o registro de óbito e ainda um registro público de doador de órgãos. Somando todos os serviços, foram 613 atendimentos na cidade. O objetivo do mutirão era combater os casos de subnotificação, que no Brasil afetam mais de 3 milhões de brasileiros.
A oficial designada do Registro Civil de Passo Fundo, Fernanda Ghelen Braga Roman, classificou a procura pelo mutirão como "bastante expressiva" em Passo Fundo. Segundo ela, o evento foi importante para garantir à população o acesso aos documentos.
— No primeiro dia, foram emitidas 60 certidões para nascidos em Passo Fundo, 15 para locais de dentro do Estado e 20 de pessoas de outros estados. Já na quinta-feira, foram 96 certidões de Passo Fundo, 20 do RS e 12 de outros estados — disse.
Segundo a oficial, a maior procura foi pelos registros de nascimento e casamento.
— As pessoas que querem atualizar a sua carteira de identidade, precisam de um documento atualizado e o mutirão foi uma oportunidade de todos terem acesso as certidões. Um dos diferenciais desse projeto foi a possibilidade de acesso gratuito as certidões emitidas em outros estados.
Doação de órgãos
Além das certidões de registros também foi possível fazer a escritura pública de doação de órgãos. O documento traz consigo o desejo em vida da pessoa de ser uma doadora de órgãos e fazer parte de um banco de dados nacionais. Foi esse o caso de Gabriele dos Reis, 22 anos, moradora de Passo Fundo. Ela procurou o mutirão e registrou o seu desejo em doar órgãos e tecidos em caso de morte encefálica.
— Assim como eu quero ser abençoada por alguém, também quero abençoar a vida de alguém quando morrer — disse.
Segundo a tabeliã do 2º Tabelionato de Notas, Alexandra Passaia, ao todo foram 35 escrituras de doação de órgãos. A informação, que antes constava na carteira de identidade, agora precisa ser aferida por documento oficial.
— As pessoas que não participaram do mutirão podem ir em um dos tabelionatos e de forma gratuita fazer a escritura. Para isso, é necessário portar um documento de identificação e também o nome e documento da pessoa que será indicada para tratar desse assunto quando houver possível doador — pontuou Alexandra.