Um homem foi condenado a 32 anos de prisão por abusar sexualmente da própria filha em Constantina, município de 10 mil habitantes no norte do RS. De acordo com o Ministério Público, que denunciou o caso, os estupros começaram em 2005, quando a criança tinha seis anos de idade, e continuaram até 2016.
Conforme a promotora Cláudia Maria Cezar Massing, o condenado agredia a menina para obrigá-la a manter relações sexuais.
— Diante da recusa da vítima, o denunciado agredia e tentava sufocá-la, além de afirmar que os abusos eram praticados por culpa da própria menina. Ademais, o denunciado dizia que não adiantava contar para ninguém, pois seria desacreditada — escreveu a promotora na denúncia.
Na sentença, a juíza Lisiane Cescon Castelli condenou o homem a 32 anos e um mês de prisão, inicialmente em regime fechado. Em 2006, ele já havia sido condenado por estuprar outra vítima.
Segundo a magistrada, houve "certeza da prática do crime" a partir da extração de provas que revelam a "perversão do acusado" na "predileção por práticas doentias de dominação sexual especialmente por vítimas frágeis, vulneráveis e sem capacidade de resistência".
O atual promotor de Constantina, Rodrigo Mayer Meleo, informou que o Ministério Público ainda deve recorrer da decisão pois a Justiça não fixou um valor mínimo para reparação dos danos causados pelos crimes à filha do criminoso.