Deve ser publicado ainda este ano o edital para licitação de novos empreendimentos na área do Parque Wolmar Salton, conhecido como Parque da Efrica. Com uma área de 7,8 hectares, o parque fica às margens da BR-285, na localidade de Povinho Velho, em Passo Fundo, ele já foi palco de grandes eventos da cidade, como a Mostra de Pequenos Animais, que aconteceu por quase três décadas. A estrutura conta com pavilhões abandonados, construções depredadas, janelas e portas quebradas e acúmulo de mato.
Abandonado há mais de seis anos, o local pode se tornar uma nova alternativa de empreendimento, especialmente após a reforma do aeroporto Lauro Kortz, com a instalação do novo terminal.
Mesmo com grande potencial, a questão ambiental e as limitações em função do espaço aéreo, restringem alguns tipos de empreendimentos. Por isso, o desafio do município é buscar alternativas que respeitem a riqueza ambiental do local e gerem renda. Uma comissão interna da prefeitura estuda as possibilidades de uso da área. Transformar o local em centro logístico está entre elas.
— Todo e qualquer aeroporto do mundo precisa de logística. Temos um lugar privilegiado, que pode receber grandes investimentos. Precisamos olhar com cautela para extrairmos deste local, que é público, o melhor uso possível. Estamos em outro momento, temos agora um novo equipamento público que é o aeroporto, que nos dá a condição de grandes avanços. A Efrica passou a ter outro interesse para os empreendedores — afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Passo Fundo, Diorges Oliveira.
Oliveira conta que a previsão é de que em 2030, o aeroporto Lauro Kortz tenha capacidade para 300 mil passageiros/ano.
— A localização privilegiada faz com se amplie as perspectivas. Precisamos pensar em empreendimentos que possam utilizar a estrutura do aeroporto.
O secretário informou que a Prefeitura está realizando um levantamento topográfico para delimitação da área e, a partir da conclusão prevista para abril, será possível abrir o processo licitatório ainda em 2023.
— O objetivo é delimitar o espaço, que faz divisa com outras duas áreas, uma de propriedade da Codepas [Companhia de Desenvolvimento de Passo Fundo] e outra do Sindicato Rural de Passo Fundo. A partir disso iremos nos debruçar para construir o edital.
Distrito verde
Enquanto o espaço se deteriora, parlamentares também buscam alternativas para sua utilização. Uma delas foi uma indicação ao Executivo, ainda no começo de 2021, pelos vereadores Wilson Lill e Michel Oliveira, ambos da bancada do PSB na Câmara de Vereadores para transformar o local em um Distrito Verde. A proposta é que a área seja voltada para empresas que trabalhem com sustentabilidade, preservando o local e evitando o uso inadequado.
O vereador Michel Oliveira disse que logo após a indicação, houve proposta da iniciativa privada, intensificando a cobrança por parte da comunidade ao executivo.
— O que buscamos é um projeto sustentável, tendo em vista a riqueza de bacias hidrográficas e fauna naquele local — pontua o vereador.
Ainda em 2019, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto do ex-prefeito Luciano Azevedo, que pretendia conceder a área para a iniciativa privada, mas não teve andamento. Até hoje o custo da manutenção do Parque, que é de aproximadamente R$ 10 mil mensais, continua onerando os cofres públicos.
GZH Passo Fundo
A Redação Integrada pode ser contatada pelo WhatsApp.