O piloto Heitor Dall’Agnol Farias, de Passo Fundo, conquistou um lugar no pódio da Copa do Mundo de Kart OK N, na Inglaterra, neste final de semana. O garoto de 15 anos largou em 15º na corrida decisiva, enfrentou uma pista úmida e difícil e rapidamente chegou à terceira posição.
Mesmo com a chuva, Heitor ganhou posições e chegou a estar na segunda colocação, mas foi ultrapassado e terminou em terceiro lugar.
— Foi incrível quando vi que eu estava rápido na corrida. Eu estava tranquilo. Normalmente, não estaria. Pude manter isso, quando começou a chover e me manter em terceiro. É incrível representar o Brasil na Europa ainda mais com pódio — disse Heitor.
— Vamos para cima. Na próxima tem mais e espero cada vez escalar mais — completou.
Apesar de jovem, Heitor pilota há 10 anos. O menino coleciona um hall de premiações municipais, estaduais e nacionais no kart, modalidade que pratica desde os quatro anos de idade.
— Toda vez que me sento num kart, eu me sinto em casa. Cada vez me sinto mais familiarizado com isso e a sensação é indescritível — disse.
No currículo, ele ainda conta com duas Copas do Brasil e um Sul-Americano de Kart. Nascido em Passo Fundo, Heitor atualmente reside em São Paulo para se dedicar ao automobilismo.
Lá, viveu boa parte do tempo acompanhado dos tios Celso e Cleide, que aceitaram a incumbência dos pais do menino para que os dois auxiliassem o jovem piloto durante os primeiros passos na carreira.
— Não por ser meu filho, mas hoje no grid do mundo eu apostaria todas minhas fichas nele. É um piloto técnico, arrojado, com muita capacidade de definição na última volta. Seja em qualquer competição, o Heitor sempre vai estar entre os cinco melhores — avalia o pai, Jacsandro Farias, mais conhecido como “Fifo”.
De 2019 a 2021 Heitor morou na Europa, entre países como Itália e Portugal. Porém, a pandemia de covid-19 fez com que o piloto retornasse ao Brasil para a cidade de Barueri (SP), onde vive até hoje.
— Hoje em dia eu acho mais difícil conciliar a escola. Com esse grande número de competições, é normal a gente ficar uns 15 dias fora e eu acabo perdendo os conteúdos. Mas dá para conciliar sim. Pelo menos as minhas notas estão sempre acima da média — salienta Heitor, aos risos.