O atleta de Passo Fundo, Guilherme Kurtz, participou da prova dos 1.500 metros de atletismo dos Jogos Pan-Americanos, no Chile, nesta quinta-feira (2). Ele chegou a liderar a corrida, mas completou a prova em 3min42s50 e terminou na 10ª colocação.
Kurtz competiu com outros 12 atletas na final da corrida dos 1.500 metros. Além dele, Thiago André foi o outro representante do Brasil na corrida. Antes da prova, eles traçaram uma estratégia para tentar tirar o favoritismo dos adversários.
— Definimos a estratégia para deixar a prova o mais rápido possível, pois os outros atletas eram muito rápidos. Eles tinham a marca de entrada melhor do que a nossa. A ideia era desgastar o máximo os outros competidores para, então, tirar eles da zona de conforto. Ao mesmo tempo, a gente também se desgasta — explicou Kurtz, que ainda salientou.
— A gente tinha que arriscar com essa estratégia. Estamos com o sentimento que tentamos e fizemos o nosso melhor. Infelizmente, o nosso melhor não foi o suficiente para trazer a medalha, mas a experiência foi muito boa.
Thiago liderou na primeira volta, enquanto o passo-fundense assumiu a primeira colocação entre os 400 e 800 metros de prova. Thiago terminou em sexto lugar.
Em entrevista à GZH, Guilherme Kurtz revelou que sonhava com a medalha, mas não lamenta. Ele avalia a participação nos Jogos Pan-Americanos como positiva.
— É uma satisfação estar nesse evento. Quando entrei na pista, passou um filme da minha história. Comecei a competir ainda na escola e nunca fui um destaque. Depois de muita dedicação fui alcançando os objetivos. Ontem quando entrei na pista veio as lembranças do desejo de estar num evento que eu só via pela TV.
Agora, o objetivo de Kurtz passa a ser os Jogos Olímpicos. No final do ano, ele participará de competições menores. Mas no ano que vem, o atleta irá participar de provas que contam pontos para os Jogos de Paris 2024.
— Ano que vem será decisivo. Teremos competições-chave na Europa que pretendo participar. Quero fazer uma preparação na altitude, na Colômbia. E vai ser tudo traçado para buscar os resultados que a gente precisa. Quem sabe, a gente possa estar em Paris. É muito difícil para todos os atletas brasileiros. Mas o objetivo é as Olimpíadas, que é o grande sonho — destacou o atleta.