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Professores municipais e estaduais suspenderam as atividades nesta terça-feira, em Passo Fundo

Mais de 500 educadores se reuniram na Praça do Teixeirinha e seguiram em caminhada ao Paço Municipal 

Maicon Parizotto

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Maicon Parizotto / Agencia RBS
Professores se reuniram na Praça Teixeirinha no centro da cidade

Professores das redes municipal e estadual de ensino de Passo Fundo paralisaram as atividades nesta terça-feira (4). A principal reivindicação de ambas as categorias é a  defesa do piso do magistério e do plano de carreira dos professores. Ao longo do dia está prevista a votação do reajuste salarial dos educadores do Estado na Assembleia Legislativa. 

Mais de 500 educadores se reuniram na Praça do Teixeirinha, no centro da cidade, nesta manhã reivindicando a defesa do plano de carreira, melhores condições de trabalho, e o reajuste salarial de 14,95% para os profissionais do Estado, entre outras pautas. 

Os presentes seguiram em caminhada pela Avenida Brasil até o Paço Municipal, onde devem permanecer até o fim da tarde.

Conforme o CMP Sindicato, órgão que representa os professores municipais, a mobilização é uma forma de mostrar insatisfação com a proposta do reajuste salarial de 7,1%, aprovada na última semana após o Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso) aceitar a proposta.

— Recebemos a notícia com frustração, pois isso escancara a desvalorização por parte do Executivo com a categoria. Justamente por isso nos reunimos aqui hoje para mostrar a nossa força. Entre nossas principais reivindicações, está a defesa do nosso plano de carreira, com isso o pagamento do piso do magistério, que está previsto em lei, mas que não é cumprido no município desde 2008,  a separação das negociações entre a categoria dos professores e demais servidores, e a defesa pela criação de novos níveis no plano de carreira, pois professores com mestrado e doutorado, ficam impossibilitados de crescer na carreira, além da regulamentação dos 33% da hora atividade — pontua a diretora do CMP Sindicato Geniane Dutra.

Segundo o diretor do CMP, Tiago Machado, além da defesa do plano de carreira, a categoria necessita urgentemente de melhores condições de trabalho:

— No ano passado tivemos a extinção do nível um da categoria. Hoje um professor recebe R$2.220,00, ou seja, R$ 10 a mais do que o piso. Além disso, temos uma sobrecarga de trabalho, ocasionando no adoecimento de muitos profissionais. Somente em 2022, 10% da classe se afastou em razão do adoecimento profissional. E mais de 50% pediram exoneração por causa da desvalorização salarial e sobrecarga de trabalho — completa.

Segundo o professor de matemática, Anderson Ferreira, a categoria faz o melhor que pode com as condições que têm:

— O discurso das autoridades na teoria é muito bonito. Mas, na prática, temos escolas sucateadas, sem monitores, sem professores, uma sobrecarga de trabalho além receber um salário irrisório — desabafa o docente.

Pelo menos 48 escolas municipais tiveram as atividades paralisadas de forma total no município. Enquanto 24 escolas estão com as atividades acontecendo de forma parcial.

Em nota a prefeitura  afirma que "todos os docentes da rede municipal já recebem o piso salarial estabelecido por legislação federal e que o reajuste fornecido aos servidores municipais, de 7,1%, mantém este direito à categoria"

Paralisação estadual

Será votado nesta terça-feira na Assembleia Legislativa o reajuste salarial dos professores da rede estadual.  Proposta oferecida pelo governador Eduardo Leite é de 9,45% para o magistério, mas, só chegará integralmente a cerca de um terço dos contracheques dos professores que estão em sala de aula.

Maicon Parizotto / Agencia RBS
Categoria reivindica 14,95% de reajuste para todos os profissionais

A categoria reivindica 14,95% para toda a categoria, incluindo aposentados e outros funcionários das escolas.

Um ônibus com profissionais saiu de Passo Fundo em direção a Porto Alegre, onde se reúne a uma mobilização estadual. Os demais profissionais juntaram forças à categoria do município. Conforme o Cpers, pelo menos 30 escolas do município vão ter as atividades afetadas ao longo do dia.

— Além do pagamento do piso, reivindicamos um plano de carreira, melhores condições de trabalho, realização do concurso e uma valorização por parte do governador com a categoria — completa Orlando Marcelino, dirigente do Cpers Passo Fundo.

Confira a nota da prefeitura de Passo Fundo 

"Em nota emitida nesta terça-feira (4) acerca das manifestações dos professores, a prefeitura destaca que todos os docentes da rede municipal já recebem o piso salarial estabelecido por legislação federal e que o reajuste fornecido aos servidores municipais, de 7,1% – acima da inflação –, mantém este direito à categoria. Referente à paralisação desta terça-feira, a secretaria municipal de Educação informa à comunidade que a recuperação do dia letivo acontecerá no dia 09 de junho, de forma presencial. As aulas retornam normalmente nesta quarta-feira (5)."

GZH Passo Fundo

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