A menos de um mês do fim do prazo para uso das fichas vermelhas no transporte público de Passo Fundo, a impossibilidade de converter as passagens em saldo para cartão tem preocupado usuários e empresários que adquiriram quantidades maiores dos vales-transporte.
Conforme decreto assinado pelo prefeito Pedro Almeida em 2 de setembro, as fichas de vale-transporte atual não poderão ser trocadas por crédito no cartão eletrônico ou por valor monetário.
Isso significa que o passageiro ou empregador poderá perder o valor investido nas fichas. O texto também estabelece que as passagens físicas seguem sendo aceitas por 90 dias a partir da publicação do decreto, isto é, até 2 de dezembro.
Diretor de Recursos Humanos em uma empresa cidade, Henrique Costa diz que recebeu reclamações de funcionários sobre não poderem fazer a reutilização dos vales. Segundo ele, a empresa também acaba perdendo parte do que adquiriu para repassar aos trabalhadores.
— Quando foi anunciada a bilhetagem, caiu o pedido dos funcionários pelas passagens, então muitos ficaram com as fichas estocadas e a própria empresa também. Entendo que as passagens viraram uma espécie de moeda de troca e que queiram acabar com isso, mas não podemos ficar no prejuízo — justifica.
As reclamações dos usuários quanto à eventual perda dos valores motivaram uma indicação por parte do vereador Gio Krug (PSD), protocolada na terça-feira (5).
O parlamentar fez uma solicitação ao Executivo para que permita a conversão dos vales em créditos eletrônicos ou que prorrogue o prazo de validade dos vales físicos.
Questionada, a prefeitura informou que avalia a possibilidade de prorrogação do uso das fichas vermelhas nos coletivos urbanos e deve trazer uma definição em breve.