Os uniformes usados de funcionários do Grupo Grazziotin ganham um novo destino desde julho do ano passado: passaram a ser reaproveitados para virar outras peças, como ecobags e nècessaires.
A empresa que tem sede em Passo Fundo, no norte gaúcho, já destinou 10 toneladas de uniformes à empresa Ciclo Reverso, de Porto Alegre, que cria um novo tecido a partir das peças que já não têm condições de serem utilizadas.
O montante inclui uniformes que não podem ser doados porque estão muito gastos ou com manchas, por exemplo. Quando a roupa ainda é boa, a empresa retira o bordado da marca e encaminha para centros de doação.
O processo separa as fibras dos tecidos e dá origem a novo material que pode servir em novas peças. Das 10 toneladas, nove puderam ser reaproveitadas. Sem isso, os produtos teriam virado lixo e levariam décadas para se decompor.
Com o novo material, foram produzidas cerca de 900 ecobags para o evento anual da companhia e o projeto "Elas Lideram", que incentiva e destaca a liderança feminina na empresa. Outra parte foi doada para grupos de economia solidária ou transformada em travesseiros.
Agora, o plano é destinar os uniformes que não podem ser utilizados para reciclagem a cada três anos, em média.
Por que isso importa
A iniciativa do Grupo Grazziotin é um exemplo da preocupação crescente das empresas com ESG, sigla que reúne tópicos Ambientais, Sociais e de Governança (na sigla em inglês) — na prática, a busca pela redução de danos na atividade econômica para o desenvolvimento sustentável.
Com mais de 2,8 mil funcionários e à frente de marcas como Por Menos, Tottal, GZT e Franco Giorgi, faz sentido que o grupo olhe para essa direção, que vai desde a reutilização dos uniformes até a preocupação com igualdade salarial entre homens e mulheres, por exemplo.
A empresa de varejo teve receita líquida de R$ 693 milhões em 2024 e opera em capital aberto desde 1979.
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