As relações e contatos estabelecidos pela comitiva do governador Eduardo Leite na China abrem caminho para sedimentar a relação de Passo Fundo e norte gaúcho com o país asiático.
A missão, que termina nesta quarta (27), participou da China International Supply Chain Expo (Cisce) em Pequim, um dos maiores eventos voltados à cadeia de suprimentos do mundo. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro com um estande na feira.
No encontro, Leite apresentou o potencial de setores gaúchos, como energia renovável, tecnologia, infraestrutura e agronegócio, que é o ponto forte de Passo Fundo e da Região Norte.
Com dados puxados pela soja — que representa 78% de tudo que é comercializado ao exterior a partir da cidade —, Passo Fundo é a segunda maior exportadora do Estado, só atrás de Rio Grande.
O motivo tem a ver com o fato de que a cidade é sede de empresas de trading, que atuam como intermediárias entre produtoras e compradores — e não necessariamente que se trata da soja produzida em Passo Fundo.
As notas fiscais geradas por essas empresas fizeram com que o município terminasse 2023 com US$ 2,40 bilhões em exportações, sendo US$ 1,39 bilhão (quase 58%) com destino à China.
De janeiro a outubro deste ano, o país asiático comprou US$ 1 bilhão de Passo Fundo e região. Outros US$ 648 milhões foram vendidos ao Irã, Vietnã, Filipinas e Venezuela, entre outros países, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Agora, a presença da comitiva gaúcha na China representa um potencial para ampliar os negócios, que caíram desde a pandemia.
— Isso cria um vínculo, uma conexão mais profunda, e gera oportunidades de novos negócios ou ampliação dos que já existem. Temos certeza que vai render bons frutos não só à Região Norte, mas a todo o Rio Grande do Sul — disse o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.
Enquanto o governo federal titubeia sobre a adesão à Nova Rota da Seda, o governo gaúcho organizará novas viagens à Ásia a partir de 2025, disse Polo.
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