De que time você é? Dos que amam o Big Brother e não perdem nadinha que está acontecendo dentro da casa? Ou dos que odeiam e gostariam de sumir nos próximos três meses? Calma, sem extremismos. Pode ser divertido acompanhar esse jogo (experimento social, melhor dizendo). Eu já fui negacionista de BBB: negava sua existência, fugia de todas as notícias sobre o programa e de qualquer rodinha de conversa envolvendo os brothers. Já senti indiferença, irritação, raiva. Também falei coisas do tipo “como as pessoas podem prestar atenção no BBB com tantos problemas mais relevantes no Brasil e no mundo?”. Reage, mulher. Sem necessidade de levar tudo tão a sério.
BBB é válvula de escape. Quem nunca mandou (mentalmente que seja) alguém pro paredão? Já eliminei e fui eliminada. Ainda não chegou a vez de assistir todos os dias - cobertura 24h só em outra encarnação. Mas quero acompanhar um pouco mais a edição 2022. Curiosidade, vai. Talvez seja saudade de novela. Dá pra saber os principais acontecimentos do BBB pelas redes sociais. Cada comentário, uma sentença. É sempre útil entender os memes e não ficar por fora das polêmicas. Aqui em casa tenho experts no assunto, o que facilita a vida. E quem trabalha com comunicação não pode ser dar ao luxo de ignorar o BBB (por mais que eu tenha tentado). Pipoca e Camarote, façam valer a pena.
O que o brasileiro espera de um reality? Entretenimento, em primeiríssimo lugar. Momentinhos de alienação porque dá alívio se envolver com os problemas dos outros enquanto esquecemos os nossos. Esperamos também diversidade de opiniões, crises existenciais, acasalamentos, intrigas, conflitos, alianças, derrotas, vitórias e uma nova safra de famosos pra seguir. É mais sobre visibilidade do que premiação. O dinheiro chega pra quem souber aproveitar sua fama momentânea ao sair da casa. Quem vai ser a próxima Juliette? Alguém terá tanto carisma quanto Gil do Vigor? Tadeu Schmidt vai superar Tiago Leifert? Sou #TeamBial desde sempre.
Certo que eu teria claustrofobia ao estar presa naquela casa, sendo vigiada noite e dia. Todos nós ficamos confinados por muito mais tempo durante a pandemia, a diferença é que a gente decidia o que mostrar. Câmeras, só as dos nossos celulares e com filtro pra enganar os olhos. Os brothers que lutem. Convenhamos, é bem mais tranquilo estar do lado de fora com liberdade e anonimato. Espero que a minha intenção de acompanhar o BBB dure mais do que essa fase inicial. É como assistir a uma nova temporada de uma série que nunca sai da programação.