A pandemia que tirou a vida de mais de 600 mil brasileiros e deixou milhões de sequelados também vai legando ao Brasil o agravamento das chagas da pobreza e da desigualdade. Os estratos vulneráveis da população foram os que mais perderam renda e as crianças dessas famílias as mais prejudicadas no ensino, tanto pelo fechamento das escolas quanto pelas dificuldades materiais e de conectividade para estudar de maneira remota. Trata-se de uma verdadeira tragédia, pela constatação de que o déficit de aprendizagem, somado à evasão, arrisca produzir uma massa de adultos menos capacitados e candidatos a ocupações mal remuneradas ou ao subemprego. Ou seja, paira a ameaça de um círculo nefasto realimentado por uma crise geracional.
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