As celebrações de final de ano que se avizinham são um respiro necessário depois de tantos meses marcados por frustrações e incertezas. É salutar preservar o espírito da época, demonstrando afetos e trocando presentes. Mesmo em meio à pandemia, nada disso é condenável. Pelo contrário. Será um momento de renovar as energias para continuar enfrentando uma realidade indefinida até o início da vacinação no Brasil, quando, paulatinamente, vai ser possível voltar às rotinas pré-pandemia.
O período de festas que se aproxima é o momento de expressar esperança em dias melhores, que certamente virão
As confraternizações, entretanto, terão de ser limitadas neste ano. O apelo, neste momento, é para que cada cidadão contribua redobrando todos os cuidados possíveis e recomendados por especialistas: manter certo distanciamento, usar máscara, fazer a higiene frequente das mãos e, principalmente, evitar participar de aglomerações. Encontros em família no Natal e no Ano-Novo, pede o governo do Estado, devem ter no máximo 10 pessoas, excluídas crianças de até 14 anos. Não é o ideal, mas é um possível razoável.
Com responsabilidade individual, será possível atravessar a temporada de festas e os dias que as antecedem, mantendo as tradições e sem grandes consequências quanto à disseminação da covid-19. O comércio da Capital e das demais cidades do Estado, assim como outros estabelecimentos da área de serviços, mostram-se zelosos em cumprir todas as exigências e protocolos sanitários para evitar contaminações. O comércio eletrônico, por outro lado, é cada vez mais utilizado pelos consumidores, oferecendo-se como alternativa aos grupos mais vulneráveis que precisam se preservar.
Seguir estas orientações e incentivá-las para que outros as incorporem são atitudes que demonstram consciência. Ao preservar a própria saúde, faz-se o mesmo com pessoas próximas. E é ainda uma colaboração decisiva para que a economia de cada cidade do Rio Grande do Sul não sofra mais as consequências de medidas restritivas, preservando e criando postos de trabalho. A convocação para a responsabilidade parte de forma meritória das próprias entidades empresariais, como na campanha lançada na semana passada na Capital por Sindilojas, CDL e Sindha. "Porto Alegre precisa de você, agora. Faça já a sua parte", diz a iniciativa, que conclama, principalmente, para que a população evite aglomerações desnecessárias em um momento de crescimento de casos e de internações por covid-19 na cidade e no restante do Estado. A convocação resume a melhora forma, neste momento, de conciliar atividade econômica e cuidados com a saúde.
Engajar-se individualmente nesta causa significa se investir de empatia e altruísmo. Agir de forma consequente e prudente a partir de agora, portanto, traduz-se na colaboração pela busca do bem da coletividade. Por tudo isso, o período de festas que se aproxima é o momento de expressar esperança em dias melhores, que certamente virão.