A necessária utilização de recursos extraordinários para amparar os mais necessitados devido aos reflexos da pandemia do novo coronavírus e mesmo o apoio justificável a Estados e municípios em um período de queda na arrecadação não podem ser compreendidos como uma espécie de senha para rasgar definitivamente o esforço fiscal dos últimos anos. Pois exatamente essa percepção de irresponsabilidade é que foi passada pelo Congresso na noite de quarta-feira, quando, incrivelmente com o apoio do Planalto, alterou o texto sobre o socorro financeiro a governos estaduais e municipais e reduziu drasticamente a contrapartida pedida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de congelar por 18 meses qualquer aumento salarial para todas as esferas do funcionalismo. A orientação para aumentar as benesses veio do próprio presidente Jair Bolsonaro, disse o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-SP).
Opinião da RBS
Pacote de imprudências
Com o apoio do Planalto, o Congresso alterou o texto sobre o socorro financeiro a governos estaduais e municipais e reduziu drasticamente as contrapartidas
GZH