Fará bem o presidente Jair Bolsonaro se, logo após o Carnaval, acabar com as hesitações e finalmente enviar a proposta de reforma administrativa do governo para o Congresso. Desde outubro do ano passado o Planalto mostra-se titubeante e vem adiando a remessa do texto. Primeiro, foi o alegado temor de um contágio dos protestos do Chile, algo que sequer chegou perto de acontecer no Brasil. Depois, a justificativa foi suposta piora do clima para a aprovação após o ministro Paulo Guedes ter comparado funcionários públicos a parasitas. O fato é que, nas duas oportunidades, a vacilação abriu margem para aumentar as desconfianças em relação ao entusiasmo do presidente com as medidas, essenciais para melhorar a produtividade da máquina estatal brasileira e começar a eliminar privilégios insustentáveis.
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