Por Ricardo Felizzola, CEO do Grupo PARIT S/A
Das cavernas aos dias de hoje a humanidade tenta civilizar-se, passando por todas batalhas das mais distintas guerras, incluindo-se aquelas onde, pelo extremismo de bombas atômicas, marcou-se o início da possibilidade de se destruir tudo não havendo vencedores. É um processo onde a política tem fundamental importância. Ela pode criar ações de consenso para o bem de todos, mesmo que no bolo geral estejam elementos com visões contrárias e valores diferentes.
Conceitos e opiniões distintas são os elementos de debate para se chegar a consensos e estes vão criar caminhos comuns, aceitáveis para os protagonistas do poder e para aqueles que ficam a margem, num processo democrático, esperando um novo pleito para talvez serem de novo protagonistas.
A maturidade de uma nação se estabelece por políticas consolidadas por consenso democrático com variâncias razoavelmente pequenas. Tome-se o exemplo dos Estados Unidos onde apenas dois partidos são verdadeiramente os que possuem apelo para as escolhas de quem vai ocupar o poder. O exemplo desta nação mostra uma discussão entre maior interferência do Estado ( democratas) ou maior protagonismo do cidadão ( republicanos). Seriam a esquerda e direita americanas.
No Brasil as variâncias políticas no momento são enormes e o debate exige força e argumentos sólidos. Temos pela primeira vez na História um governo de direita e uma política que visa também, de forma pioneira, privilegiar o capitalismo na sua essência liberal premiando a livre iniciativa e tentando simplificar a vida de quem quer fazer negócios. Isto é completamente diferente do que vinha-se praticando há 30 anos com governos de esquerda. Some-se a isto aspectos como os da corrupção, demonstrada imensa recentemente, e os provocados pela precariedade do nosso texto constitucional: privilégios a políticos, direitos que são impossíveis de se usufruir por falta de fundos e mecanismos indefinidos de justiça que parecem mais voltados a criminosos do que ao cidadão honesto.
Muitos cobram uma postura mais conciliatória do atual presidente mas há de se entender que ele luta para mudar o que evidentemente está errado. É do jogo político e democrático a alternância e agora é a hora do país seguir outro rumo. Muita gente boa gostaria de mudar sem mexer em nada. Isto não é boa política, isto é impossível !