Por Cláudio Guenther, presidente da Stihl Brasil
A Região Metropolitana, em especial São Leopoldo, representa os primórdios da cultura alemã no Brasil. Os primeiros imigrantes chegaram no município em 1824, oriundos de diversas regiões da Alemanha, e instalaram-se próximos ao Rio dos Sinos. De lá para cá, absorvemos conhecimentos nesta relação bilateral que foram fundamentais para a evolução do País, como por exemplo na diversificação da agricultura e no processo de urbanização e industrialização.
Alemães estiveram envolvidos em diversas criações que transformaram o mundo, como o automóvel, a bicicleta e a motosserra. O país germânico é hoje sinônimo de avanço tecnológico e científico, além de gerar forte influência na cultura brasileira.
Segundo dados do Banco Mundial de 2015, a Alemanha investiu 4,8% do PIB, que gira em torno de 3,38 trilhões de dólares, em educação. E esta prioridade estampa o dado de que a taxa de empregabilidade dos jovens entre 25 e 34 anos com diploma no ensino superior seja de 87% e com curso técnico 86%. No Índice de Competitividade Global, desenvolvido pelo Fórum Econômico Mundial, a Alemanha ficou em terceiro lugar geral e é líder no segmento de inovação.
Temos conexões estabelecidas, em solo gaúcho, inclusive, que podem ser ponte para a disseminação de conceitos de Indústria 4.0, processos sustentáveis, e desburocratização da máquina pública para facilitar trâmites e melhorar a qualidade do cenário para investimentos. Vivemos uma era de economia e conhecimento compartilhados.
Por que não aprender com quem já foi fonte de aprendizagem? Em meio a este contexto, a Stihl é um exemplo de empresa que exporta tecnologia desenvolvida no Brasil, com padrão alemão, para diversos países e abriga o único Centro de Pesquisa e Desenvolvimento fora da matriz, na Alemanha. Vivemos um tempo de reestruturações, que já eram para ter sido feitas, e que, certamente, nos colocarão em vantagem para nos aproximarmos de países desenvolvidos e prósperos a negócios.