Por Henry Chmelnitsky, presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha)
Enfim uma notícia capaz de animar quem atua na área do turismo e torce pelo desenvolvimento do setor. O decreto que prevê dispensa do visto de visita para turistas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão é um alento a quem vem investindo no potencial turístico do país, mesmo após anos de pouco ou quase nenhum incentivo. O turismo impacta mais de 50 segmentos da economia brasileira, gerando emprego e renda, atualmente, para cerca de sete milhões de pessoas.
A medida inédita, que passará a valer em 17 de junho, não colabora somente para a geração de novos postos de trabalho, mas quebra barreiras. A conta é simples: os vistos acabam encarecendo viagens e, portanto, podem se tornar um impeditivo. A simplificação é o caminho para a multiplicação das oportunidades. E a recíproca precisa ser verdadeira: quando nós visitamos outros países, levamos nossa cultura e estimulamos que os estrangeiros venham para o Brasil.
Esse é o momento de aproveitar a oportunidade para divulgar, ainda mais, nossas virtudes. Durante a Copa do Mundo, em 2014, tivemos um gostinho do que a movimentação intensa de estrangeiros proporciona. Porto Alegre, com sua rede hoteleira e gastronômica estruturada, mostrou que sabe - e tem capacidade – para receber muito bem quem vem de fora. O que falta agora? Estados e Embratur se prepararem e cumprirem suas tarefas, vendendo a estes países e ao mundo o que temos de melhor.
Que ao final deste ano – sejamos otimistas – tenhamos resultados a comemorar, deixando para trás a trava histórica de crescimento do setor. Nosso turismo interno é relativamente forte, mas nosso potencial internacional é um dos menos aproveitados. Segundo uma pesquisa do Ministério do Turismo feita em 2014, no fim da viagem, 95% dos turistas estrangeiros afirmam ter intenção de voltar. Ou seja, mesmo com todas as adversidades, conseguimos conquistar quem vem. Resta fazer com que mais gente venha e, agora, temos uma barreira a menos.
