Por Marcelo F. de Aquino, Reitor da Unisinos
Um dos grandes desafios que se apresentam às grandes metrópoles globais é a necessidade de entregar, para as futuras gerações, melhores níveis de desenvolvimento humano, de bem-estar social e ambiental, de educação e civilidade. Em poucas palavras, tornar realidade o direito de ser feliz. No entanto, a dura realidade vivida no presente desperta um sentimento de incerteza quanto ao futuro.
Para modificar esse cenário, é preciso produzir e distribuir riqueza por meio de oportunidades de trabalho digno para todas as faixas etárias e sociais. Na economia baseada no conhecimento, a riqueza é gerada pela capacidade cognitiva e empreendedora de indivíduos organizados em arranjos colaborativos e complementares, transformando seu intelecto em novos empreendimentos, produtos, serviços e soluções inovadoras. Esse é o modelo seguido em cidades como São Francisco, na Califórnia, e Montreal, no Canadá.
Observando nosso contexto mais imediato, cabe fazermos esta reflexão: Como podemos transmitir, especialmente aos nossos jovens, a esperança de que Porto Alegre será um ecossistema de empreendedorismo e inovação? A desejada transformação de Porto Alegre em uma cidade protagonista na economia do conhecimento somente será possível se formos movidos pela sabedoria prática (phrónesis para os gregos) de que temos uma obrigação moral de deixarmos, às futuras gerações, uma cidade melhor do que recebemos das gerações precedentes.
Um movimento, ainda singelo, mas de significativo simbolismo, é a constituição da aliança pela inovação de Porto Alegre, formada pelas universidades UFRGS, PUCRS e Unisinos, como um gesto de boa vontade e de atitude colaborativa para pensarmos o futuro da capital dos gaúchos. Juntamente com o poder público municipal, lideranças empresariais, empreendedores individuais e sociedade organizada, será lançado em novembro o Pacto para a Inovação da cidade de Porto Alegre, um projeto dos gaúchos do presente para os gaúchos do futuro!