Por Adão Villaverde, professor, engenheiro e deputado estadual (PT-RS)
Existe uma base fundamental pavimentada em solo porto-alegrense para acreditarmos no sucesso da Aliança para a Inovação de Porto Alegre articulada pela UFRGS, PUCRS e Unisinos para implementar uma visão de futuro para a cidade.
Vivemos uma transição histórica no que se refere à velocidade das alterações no mundo e no que diz respeito às necessidades de adaptações. Sobretudo, na escala em que se realizam, combinando a urgência de decisões coletivas com a instantaneidade da ação individual que, muitas vezes, surpreende por seus resultados.
Isto aparece nitidamente nas formas de comunicação, como se uma pandemia digital dominasse as relações em sociedade, nos impondo uma bifurcação: ou nos adaptamos à nova realidade ou parece caminharmos aceleradamente para um grande colapso.
Porém, há sinais alvissareiros no percurso, assentados nas experiências de outros países e regiões do mundo – mas, infelizmente, ainda incompletas no nosso território. Onde os avanços científicos, técnicos e inovativos, e as alterações nas relações de trabalho, transformaram rapidamente o processo produtivo, impactando fortemente cidades e regiões. E disto impõe-se à Aliança pela Inovação recuperar e atualizar o acúmulo vocacionado à inovação dos anos 1990, com o Programa Porto Alegre Tecnópole – PAT. Que articulou as universidades, os setores produtivos, os governos e a sociedade, propondo ações para a cidade e Região Metropolitana, fazendo rebater aqui a nova economia oriunda do conhecimento, da inteligência e da inovação, que já surgia de forma avassaladora.
Em tempo histórico ínfimo de 20 anos, mudou o mapa da região, com o Tecnopuc, o Tecnosinos, o Techpark-Feevale, o Ceitec, o eixo da Saúde no entorno da avenida Ipiranga e adjacências e a possibilidade concreta de recuperação do degradado 4º Distrito, entre a Farrapos e a Voluntários da Pátria.
O fortalecimento desta Aliança está em combinar dois movimentos: não renunciarmos à condição de herdeiros do passado e, principalmente, aceitarmos o enorme desafio do protagonismo de um futuro inovador, permeado pela inquietude, pela criatividade e pela cooperação empreendedora e solidária.