Candidatos ao Piratini terão hoje uma oportunidade única de se manifestar de forma concreta sobre pretensões ligadas ao cotidiano dos gaúchos. Em encontros realizados ao longo do ano em oito regiões do Estado, a Agenda 2020 elencou centenas de temas cujo enfrentamento a sociedade não quer mais ver adiado. Agora, o movimento gaúcho voltado para a qualificação do Estado espera comprometer os candidatos em campanha com o que considera imprescindível nos planos de gestão do próximo governador. A iniciativa vai ao encontro das aspirações de contribuintes que já não aceitam mais conviver com um poder público sem condições sequer de pagar os servidores em dia, muito menos de oferecer serviços com um mínimo de qualidade.
O ponto de partida para a mudança, obviamente, é a busca de equilíbrio das contas do Estado – precondição para que o setor público possa retomar sua capacidade de investimento. Sem resolver de imediato a questão fiscal, para a qual esse movimento da sociedade gaúcha relaciona uma série de saídas levantadas por voluntários, quem estiver no comando do Estado a partir de janeiro dificilmente conseguirá vencer os demais desafios, que são muitos.
Na maioria dos casos, os problemas têm a ver com a acelerada perda de qualidade na educação gaúcha. A recuperação de um padrão elevado de ensino, até há alguns anos motivo de orgulho dos gaúchos, é um pressuposto para o Estado responder a outros desafios relevantes. Entre os associados diretamente à melhoria no aprendizado, estão o aumento nos índices de violência e a perda generalizada de competitividade.
O Caderno de Propostas da Agenda 2020, centrado em 10 temas, enumera ainda alternativas para manter e ampliar a competitividade do agronegócio, uma das principais vocações econômicas do Estado. Alerta também sobre a importância de saídas para deficiências crescentes em infraestrutura, que hoje impõem um custo logístico elevado demais a quem produz. E propõe ainda uma série de providências para áreas como a social, ambiental e saúde pública, entre outras. Todas elas tiveram sua situação ainda mais deteriorada pela crise econômica, e hoje exigem medidas articuladas.
Cada vez mais, políticos e gestores públicos têm o dever se aproximar dos anseios da população. Os candidatos ao governo do Estado precisam se comprometer publicamente com ações concretas que possam garantir maior bem-estar à população, deixando claro como pretendem contemplá-las.