A educação segue como a área em que o Estado está mais afastado do topo da lista no iRS. Em 2016, o índice gaúcho nessa dimensão baixou de 0,605 para 0,592. Com o resultado, o Rio Grande do Sul caiu do nono para o 11º lugar no ranking nacional. No início da série histórica, em 2007, o Estado chegou a frequentar a quarta colocação.
Entre as variáveis avaliadas, a que mais pesou para reduzir o desempenho foi o aumento na taxa de distorção idade-série no Ensino Médio. Na rede gaúcha, 30,6% dos alunos não apresentavam a idade considerada ideal para as turmas em que estavam matriculados em 2016. O atraso no aprendizado impactou inclusive na perda de posição do Rio Grande do Sul no ranking geral do iRS, lembra o professor Ely José de Mattos, da Escola de Negócios da PUCRS.
— A distorção é um problema sério que vem sendo discutido. O percentual de alunos nessa condição é muito alto — afirma.
Para o pesquisador, o resultado indica que os efeitos da recessão não ficaram restritos à economia e alcançaram as salas de aula gaúchas:
— Com a crise, muitos alunos precisam interromper os estudos e retornam mais velhos para o Ensino Médio. Se um pai perde o emprego, faz crescer o risco de seu filho de 16 anos, por exemplo, abandonar as atividades para trabalhar.
O índice de matrículas do Ensino Médio – outra variável analisada em educação – apresentou estabilidade no Rio Grande do Sul. Terceiro fator avaliado na área, a nota na Prova Brasil não teve mudanças em relação a 2015. Isso ocorreu porque, nesse intervalo, não houve nova edição do exame, que qualifica, de dois em dois anos, o aprendizado de estudantes do Ensino Fundamental em matemática e português.
Em 2016, São Paulo (0,708) continuou na liderança do ranking de educação do iRS. Os paulistas ostentam o primeiro lugar desde o início da série histórica. Paraná (0,652) permaneceu na segunda colocação e Santa Catarina (0,647) na terceira. No Brasil, houve leve avanço na área. A média nacional em educação subiu de 0,602 para 0,607 no período.