Por Sérgio Nikolay, professor da Faccat
Vivemos momentos conturbados em termos de credibilidade moral, econômica e política, que acabam gerando inúmeras reivindicações em benefício próprio e pouco em favor do coletivo. Ouço e vejo quase que diariamente as pessoas, sejam amigos, colegas, conhecidos e profissionais, questionarem os seus direitos, mesmo antes de cumprirem com seus deveres. E isso ocorre com frequência, basta parar e observar os fatos e conversações que circulam em nossos meios, como por exemplo: "Você tem direito a isso... aquilo [..] Mas será que você parou para pensar realmente os fatos e os seus deveres em relação a esse suposto direito?"; "Você tem direito a receber os seus créditos financeiros nos respectivos vencimentos. Mas será que você está também cumprindo com os seus deveres junto aos seus credores, pagando dentro do prazo estipulado?
E assim poderíamos citar inúmeros outros exemplos. Bem, como a imensa legislação trabalhista brasileira indica, os direitos dos trabalhadores e os deveres, estão intrínsecos nos artigos, incisos e parágrafos que a compõem, no entanto, o olhar dos trabalhadores está alicerçado somente nos seus direitos e isso não é novidade, basta verificar as orientações de entidades ou terceiros interessados que estimulam e enfatizam apenas essa parte. E, ainda, é visto o funcionário, ao receber uma proposta de emprego tenta de forma antiética, um acordo que lhe beneficie mais, como, por exemplo, o saque do FGTS e o Seguro Desemprego.
Pare, pense, reflita e verifique se você está dando mais ênfase aos seus direitos do que aos deveres, pois o mais importante para o bem individual e o bem do coletivo é exercer primeiro os seus deveres, com harmonia, equilíbrio e de forma sensata, e, depois, reivindicar os direitos. Portanto, cumpra os primeiros e depois exija os segundos, pois, assim, com certeza, teremos um mundo melhor. Faça isso, iniciando em seu lar!