Que tamanho de Estado a sociedade suporta pagar? Não há debate mais atual e necessário do que esse no país. Entretanto, ele precisa sair do terreno da retórica e das ideologias para descer ao mundo dos fatos. Aqui no Rio Grande do Sul, o governo Sartori está propondo que os gaúchos decidam sobre isso num plebiscito a ser realizado junto com as eleições de outubro.
Não é tempo de omissão, populismo ou oportunismo. É tempo de verdade, transparência e mudança!
Ao definir o destino de três companhias atualmente estatizadas, o eleitor vai dizer se aceita um Estado pesado, voltado para si mesmo e que tira recursos das áreas essenciais para cobrir o rombo de empresas deficitárias; ou se quer um Estado eficiente, voltado a fazer o que realmente lhe é de dever: saúde, segurança, educação, infraestrutura e proteção social. Vai dizer se devemos ficar aprisionados a estruturas do passado, a grupos de pressão e a privilégios sindicais ou se queremos construir um novo futuro, com menos burocracia e mais foco na sociedade.
Não é de hoje que o governo alerta para a insustentabilidade das estruturas atuais da CEEE, Sulgás e CRM. Para não perder a concessão, o Rio Grande do Sul terá que aportar um valor bilionário na CEEE, que apresenta historicamente índices financeiros periclitantes. É justo que a população pague essa conta? No caso do Sulgás, um investidor pode devolver em ICMS para os cofres públicos muito mais do que hoje. E, sobre a CRM, cabe perguntar: é papel do Estado minerar carvão?
Apesar do esforço da atual gestão dessas três companhias, a rigor elas já não são mais públicas faz muito tempo. Tentamos mudar a Constituição Estadual para agilizar o processo de venda ou federalização. Não tendo sido possível, estamos propondo o plebiscito. Tudo isso faz parte de um caminho que colocou em curso a maior mudança administrativa da história do Estado e, aos poucos, está arrumando a casa com atitudes concretas.
O futuro do Rio Grande do Sul já começou. Demagogias, à esquerda ou à direta, não resolverão nossos problemas. Não é tempo de omissão, populismo ou oportunismo. É tempo de verdade, transparência e mudança! Deixemos a população decidir se o Rio Grande deve ficar estagnado, retroceder ou avançar. Plebiscito já! Ou alguém tem medo da voz das ruas?