Ao mesmo tempo em que prevê a continuidade dos déficits nas contas públicas até 2021 na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo federal está às voltas com um percentual recorde de despesas com pessoal, que se mantém em crescimento ano a ano. Em 2017, os dispêndios com a folha de servidores foram equivalentes a 41,8% da chamada receita corrente líquida _ a soma da arrecadação, descontadas as transferências constitucionais. Ainda que, em parte, o fato deva ser atribuído à queda determinada nas receitas, a elevação preocupa. O percentual é o mais elevado desde a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em 2000. Servidores precisam ser valorizados de forma equivalente às suas competências, mas os limites legais têm que ser observados com o máximo de cuidado.
OPINIÃO DA RBS
Os gastos com pessoal
O governo federal precisa reforçar os cuidados tanto na reposição de pessoal quanto na concessão de reajustes salariais, para evitar que os dispêndios com servidores saiam do controle