Os números provam a dimensão do problema: o câncer mata quase 9 milhões de pessoas anualmente no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o número de mortes por conta da doença aumentou 31% em 15 anos e, para 2018, o país deve registrar mais 600 mil novos casos.
Os dados alarmantes fazem parte de estimativa divulgada este ano pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Portanto, falar sobre o assunto, inegavelmente, torna-se cada vez mais necessário e o debate proposto pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer, lembrado no dia 8 de abril, ganha ainda mais relevância.
A data objetiva mobilizar pessoas e organizações da sociedade civil sobre a importância da adoção de hábitos saudáveis, atitudes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
Com esforço e dedicação, podemos, sim, viver mais e melhor. Vamos começar hoje?
Tais ações são vitais para o controle efetivo da enfermidade, e foram reforçadas nas últimas diretrizes divulgadas pela OMS como possibilidade real no aumento das chances de sobrevivência para pessoas vivendo com a doença. Mesmo em países com alto acesso a serviços de saúde, muitos casos são diagnosticados já em estágio avançado, quando já é difícil reverter o quadro.
Particularmente, vivi esse drama com o meu pai. De forma silenciosa, a doença chegou, se instalou e, em seis meses, ele já não teve mais tempo de tratar. O desfecho, assim, foi o pior possível. Ao mesmo tempo, também sei que o meu episódio foi somente mais um dentre vários que já presenciei no convívio com conhecidos, amigos e familiares.
A boa notícia é que essa é uma realidade possível de ser evitada, já que um terço dos casos de câncer poderia ser prevenido. Assim, com melhor conscientização, podemos reduzir esses índices adversos e até desanimadores.
Para isso, a receita parece simples, mas exige disciplina e mudança nos nossos hábitos de vida. De acordo com levantamento do Inca, até 90% de todos as ocorrências de câncer estão associadas a fatores externos.
Portanto, uma combinação bem definida de uma dieta variada, equilibrada, em conjunto com a prática contínua de exercícios físicos já contribui bastante. Com esforço e dedicação, podemos, sim, viver mais e melhor. Vamos começar hoje?