Nos últimos tempos vivenciamos uma mudança rápida na economia do país, que passou de um estado aquecido e com alta demanda, para a crise a partir do encolhimento da renda e menor disponibilidade de consumo. Cada momento traz características próprias e desafios a serem superados pelos empresários e gestores.
Mesmo na era digital, o que o cliente espera é uma experiência que encante, que entregue mais do que uma commodity.
A queda no faturamento e a falta de um cenário com perspectiva de melhorias gera ansiedade, e com isso as empresas são tomadas pelo desespero de aumentar as vendas e acabam dedicando a maior parte do tempo para o agora.
No entanto, olhar somente para o agora é perigoso, pois podem ser tomadas decisões impulsivas, que podem resultar em consequências caras para uma empresa num futuro inclusive próximo.
Além de pensar em resultados financeiros, quem está à frente de uma empresa precisa definir qual é o propósito do negócio, ter uma definição do por que ele existe, mais do que definir o que ele vende.
Ter um propósito auxilia nas tomadas de decisão nos momentos em que o agora tenta tirar nosso foco e nos apresenta saídas mais curtas e fáceis, que possivelmente nos levarão a um caminho sem perspectiva.
Escolher trabalhar preço competitivo como resposta à diminuição da renda das pessoas é dizer para o cliente que o único atributo que ele pode avaliar na hora da escolha é o número impresso na etiqueta do produto. Vamos refletir: tendo inúmeras opções, o cliente vai escolher o produto mais barato ou o que mais proporciona o sentimento de realização e de "valeu a pena"?
Mesmo na era digital, o que o cliente espera é uma experiência que encante, que entregue mais do que uma commodity, que gere boas recordações e supere expectativas. Identificar o valor agregado que o produto tem a oferecer para o cliente exige que o gestor conheça os diferenciais competitivos do seu negócio. E como saber no que ele se diferencia da maioria, se não sabe por que o negócio existe?
É como o Gato respondeu à Alice quando perguntou onde ficava a saída, no filme Alice no País das maravilhas de Lewis Carroll: "Se você não sabe onde está indo, qualquer caminho te levará lá".