Não se pode apreciar a qualidade e a correção de um julgado sem o ler antes e sem conhecer o processo que o sustenta. Porém, pode-se dizer que poucas vezes um julgamento fez recair uma pressão tão intensa sobre três magistrados. No caso do processo do ex-presidente Lula, as pressões vieram de todos os quadrantes. De opositores e apoiadores. Para muitos, não interessavam os elementos probatórios trazidos aos autos do processo, se eles existiam ou não, se eram suficientes para ensejar uma condenação, se eram robustos ou não, se eram lícitos ou não. O que interessava era condenar, mesmo sem provas, ou absolver, independentemente das provas. Ora, a Justiça não deve ser o casuísmo, o moralismo, nem a anarquia.
Julgamento de Lula
Miguel Tedesco Wedy: a Justiça e o juiz
Para decano da Escola de Direito da Unisinos e Advogado Criminalista, poucas vezes um julgamento fez recair uma pressão tão intensa sobre três magistrados