Em 9 dias, enfim acabará o ano de 2017. Um ano ruim, com escassas, mas importantes vitórias a comemorarmos.
Os dias que antecedem o Natal costumeiramente nos lembram sobre a esperança num futuro melhor, e, se conseguirmos seguir adiante no árduo trabalho de (re)construção à nossa frente.
E esperança se faz necessária realmente, pois ‘o ano que vai nascer’ pode não trazer consigo todas as realizações da canção.
Temos esperança ao ver que, finalmente, o deputado Maluf é chamado a responder por suas ações. Contudo, no mesmo Brasil em sua dualidade vacilante acerca da convicção em evoluir, a família Garotinho recebe indulto para festejar (?) o Natal e do Réveillon em sua humilde residência.
Sob a ótica do Direito Penal, a dualidade está entre os chamados garantistas e àqueles com uma visão mais pro societatis, digamos assim. Ambas formas de interpretação do Direito são justas e legítimas, mas a dualidade de comportamento do órgão máximo do Judiciário emite sinais contraditórios sobre se o Brasil de 2018 conseguirá ou não reverter o senso de impunidade para crimes de corrupção, e isto é fator importante não somente para guiar a reconstrução moral da sociedade, como também para sinalizar a existência de seguro e apropriado ambiente econômico para se fazer negócios.
Economicamente há extremada dualidade, que também não colabora para um 2018 mais consciente e realista. Para ficar somente no rápido exemplo de quando leio que a inflação está dominada e, no supermercado ou em uma ida ao shopping, durante a peregrinação moderna de compras de Natal, minha mente vê-se em agonizante conflito sobre o que li e o que vejo....
Sem consciência, pouco pode a sociedade civil. E o protagonismo das mudanças necessárias e ainda presas neste círculo vicioso de dualidade demandará vigilância e muito mais trabalho dos cidadãos/contribuintes e brasileiros.
Mas continuamos aqui e seguiremos em frente.
Boas festas aos leitores e suas famílias e um ótimo 2018 a todos nós.