A criação da Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Gaúcho (Freemp) é um movimento inédito para enfrentar a crise em que vivemos, resultado do que construímos: um Estado burocrático, ineficiente, cujo custo é maior do que a sociedade pode suportar e que, dia a dia, reduz os serviços públicos, atingindo frontalmente os mais necessitados. A sociedade começa a compreender que precisamos de mudanças sustentáveis. Dois são os eixos com a maior capacidade de transformação social: a educação e o empreendedorismo. A educação possibilita conhecimento e construção dos valores para se ter uma sociedade sustentável com governança baseada na consciência dos direitos e dos deveres.
Um valor básico a ser construído é a cidadania política, indispensável numa democracia representativa participativa, associada a uma ambiência social empreendedora para ter-se uma economia dinâmica que embase uma sociedade com melhor qualidade de vida. A Freemp se insere nesta missão de buscar reformas para a ambiência sociopolítica e econômica que precisamos. Temos que remover a burocracia corporativista e outras amarras para estimular um empreendedorismo holístico (sócio, econômico, ambiental e político). O primeiro passo são as medidas emergenciais e inevitáveis para possibilitar a reconstrução do RS: renegociar a dívida, implantar as contrapartidas amargas demandadas pelo governo federal e enfrentar discursos populistas. Estes discursos, associados à nossa postura de cidadãos acomodados, nos levaram ao caos atual. Temos que sair da inércia e mobilizar movimentos com amplitude social para enfrentar a situação, como aconteceu no lançamento da Freemp, em que entidades de amplo reconhecimento social manifestaram apoio à iniciativa. Na continuidade, elas terão um papel participativo e contributivo, exercendo o controle social que permita identificar os políticos desqualificados e valorizando aqueles que realmente trabalham pelo Rio Grande.
Como cidadãos, precisamos responder se queremos um RS melhor ou se vamos ficar alienados frente ao corporativismo, aos discursos populistas pautados por ideologias anacrônicas. Aos gaúchos, urge definir o destino que desejam, pois as reformas só ocorrerão se houver mobilização e um amplo controle social sobre os políticos que deveriam estar subordinados aos interesses da sociedade gaúcha.