* Presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa)
Saúde e segurança são duas das maiores preocupações da população. Neste momento de redefinição das funções do Estado, muitos governos têm percebido isso e priorizado ações nessas áreas. O aperto das contas públicas, no entanto, dificulta investimentos, o que nos leva a buscar alternativas para atacar esses graves problemas.
O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) tem procurado aproximar as instituições de saúde das forças de segurança da cidade para debater e realizar ações cooperadas. Em junho, criamos um grupo de trabalho que reúne lideranças da área hospitalar, Secretaria de Segurança e o Comando de Policiamento da Capital. São pessoas e instituições com um objetivo em comum: o cuidado com a vida.
A parceria prevê desde capacitações a investimentos. Um dos projetos prioritários é o do cercamento eletrônico em pontos estratégicos que favoreçam tanto o acesso às instituições quanto o trabalho de monitoramento do Centro Integrado de Comando da Cidade (CEIC). A prefeitura e o Estado entram com a base tecnológica – existente e operante – e os hospitais colaboram com os recursos para a compra e a manutenção dos equipamentos. O estudo de viabilidade técnica já está sendo finalizado.
Estamos também alinhando treinamentos dos agentes de segurança das próprias instituições com a inteligência da Brigada Militar. É uma forma de compartilhar a responsabilidade, com instruções sobre procedimentos preventivos e mesmo para eventuais situações conflitos. Hospitais são grandes aglutinadores de pessoas e, como tal, estão sempre sujeitos a ações criminosas.
Com seis hospitais de porte médio, quatro de alta complexidade e outros quatro especializados, Porto Alegre é hoje um dos principais polos de saúde do país. A cidade se tornou um destino não apenas para pacientes do Interior, mas também de outros Estados e países vizinhos. Esse é um patrimônio que devemos potencializar.
É possível fazer mais com parcerias estratégicas, integração e boa vontade de autoridades e lideranças. Para reduzir riscos e garantir a qualidade dos serviços e a integridade da população.