* Servidora pública e blogueira
Temos cada vez mais acesso às opiniões das pessoas. Precisamos, todavia, sabiamente entender a posição do outro. Podemos compreender, mas não, necessariamente, concordar. A reflexão que faço é quando trabalhos, teses, teorias são desmerecidos sem qualquer constrangimento.
Vejo pessoas desmerecendo o pensamento positivo, por exemplo. Acham que pensar positivo é só pensar que "tudo dará certo". Se der errado, o pensamento positivo não funciona. Aí, tornam-se pessimistas e conseguem ver problemas em tudo. Pronto, saem aos quatro cantos desmerecendo o poder do pensamento. Não percebem que colocam toda a energia do seu pensamento, exatamente, para construir uma realidade repleta de problemas. Nem sequer sabem como a vida realmente funciona e descartam algumas teorias aparentemente falíveis.
O mesmo ocorre com a religião. Por muito tempo, distorcida pelo homem que detinha o poder. Por muitos anos, permaneceu no campo teórico, com posturas contraditórias das pessoas que as pregavam. E, em razão disso, alguns se afastam de todos os seus ensinamentos. Esquecem-se da religião, e de seus valores essenciais. Deixam as crianças livres para escolherem a sua, mas as obrigam a torcerem para um determinado time de futebol. Religião, assim como o esporte, traz valores necessários para um mínimo de convívio em sociedade.
Outros criticam os livros de autoajuda. Retiram, de quem escuta a crítica, a vontade de ler e formar suas próprias conclusões. Talvez retirem a oportunidade dessa pessoa transformar sua vida. Quantas vezes mudamos com aquela pergunta que nos instigou a fazer algo diferente do que vínhamos fazendo? Quantas vezes nos autoconhecemos por meio de um livro? Não, mas é mais fácil criticar. Descartam-se todas as terapias alternativas, todo o misticismo, toda a espiritualidade.
Vamos trazer um pouco mais de neutralidade e respeito em nossas opiniões. Deixar o preconceito de lado, buscar novas curas (até o reiki já está sendo ofertado pelo SUS). Vamos construir um mundo melhor, sem desmerecer o trabalho do nosso vizinho.
Podemos acreditar, há profundidade no ensinamento de "amar o próximo como a si mesmo", sem nos esquecermos de "amar a si mesmo" e "de amar o próximo".