* Médico e professor universitário
Numa disputa fictícia e divertida entre todos os nossos sistema de vida, como o cardiocirculatório, renal, digestivo, nervoso e outros, cada um apregoando sua superioridade sobre os demais, não resta menor dúvida que o cérebro com suas ramificações é infinitamente superior e não é por estar na posição mais elevada do nosso corpo.
O cérebro é tão fantástico em sua complexidade que nem o nosso próprio cérebro consegue compreendê-lo.
Vejamos alguns exemplos , como um pianista que toca com seus 10 dedos olhando a partitura e sabendo exatamente onde cada um deles está ou um exímio golfista que dirige a bola em duzentos metros para o destino que quer. Todos eles iniciaram do "zero" e seu cérebro foi aprendendo, o que, obviamente, devido à complexidade da façanha, exigiu muito esforço e dedicação para que isso ocorresse.
Ou seja, nosso cérebro aprende e nos surpreende com esta sua capacidade insuperável.
A leitura, por sua vez, é algo fenomenal. É um dos alimentos do nosso cérebro que nos retribui criando uma série de imagens próprias de cada um que despertam a imaginação e a criatividade. Então ler para uma criança é um dos maiores benefícios que os pais, os avós ou qualquer outra pessoa pode fazer pelo seus filhos e netos.
Agora , recentemente, talvez nem tanto, surgiu um atravessador nessa relação mágica : o computador, em suas variáveis formas, seja notebook, iPad ou smartphone.
Exemplifico, ao tentar cativar minha neta de quatro anos com a leitura de João e o Pé de Feijão, um clássico da literatura infantil, recebi a seguinte resposta, meio constrangida: "Mas vô, eu já vi esta estória no YouTube, olha aqui ele subindo na árvore".
E agora, como fica a relação humana e o despertar da imaginação?
Quem se habilita ?