O assassinato brutal, covarde e insano de Cristine Fonseca Fagundes, na tarde de quinta-feira, nas proximidades do colégio do filho em Porto Alegre, conjuga a dor imensurável de familiares e amigos com o sentimento de revolta e indignação de uma população inteira oprimida pela violência.
Não podemos mais tolerar essa rotina de atrocidades.
O Rio Grande precisa reagir. Todos temos que reagir.
Não é possível que os criminosos continuem agindo impunemente, dizimando famílias, roubando e matando, provocando terror nas pessoas e debochando da lei e das autoridades.
Como vamos reagir? Evidentemente que não será pegando em armas, pois essa é uma atribuição das forças policiais, que são preparadas para o enfrentamento de delinquentes.
Temos que reagir como cidadãos, cobrando inflexivelmente dos governantes e das autoridades para que cumpram suas obrigações, protejam a sociedade, punam efetivamente os bandidos, equipem a polícia, combatam o tráfico de drogas, construam presídios e sejam rigorosos na aplicação da Justiça.
Temos que exigir mais eficiência do Executivo, mais agilidade e firmeza do Judiciário, mais comprometimento do Legislativo. Mas também temos que nos mobilizar, como cidadãos, para lutar por educação de qualidade, emprego, justiça social, espaço público e tudo o mais que for necessário para abortar a criminalidade no seu nascedouro.
O mais urgente, porém, é preservar vidas, interrompendo a escalada crescente de roubos e homicídios, com a presença da polícia nas ruas, operações preventivas de desarmamento de bandidos e retirada de circulação de criminosos. Já.