O inominável assassinato de uma funcionária da Infraero sequestrada nas imediações do aeroporto Salgado Filho e a execução fria de um adolescente no bairro Humaitá recolocam na ordem do dia dos gaúchos a brutalidade dos crimes que vêm sendo praticados no Estado, especialmente na região metropolitana de Porto Alegre. Ao mesmo tempo, reacendem o debate sobre a proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente a jovens infratores apontados como autores de homicídios. Ambos os crimes mencionados, segundo as investigações policiais, teriam sido praticados por menores de 18 anos. Pela legislação em vigor, os adolescentes não poderão ficar internados por mais de três anos – e isso, evidentemente, aumenta a revolta da sociedade e amplia a sensação de impunidade.
Editorial