Uma tempestade de grandes proporções atingiu Porto Alegre. Estima-se que as rajadas de vento tenham alcançado até 150 km/h. O Sistema CEIC-Metroclima classificou o evento como um fenômeno de ventos extremos que se desprende de uma super célula de tempestade.
Cem pessoas feridas foram atendidas em hospitais durante a noite. Dos 650 mil clientes da CEEE, 450 mil ficaram sem energia elétrica. Cinco, dos seis sistemas de abastecimento de água de Porto Alegre, foram paralisados. Cinco mil árvores foram derrubadas ou danificadas; 75 ruas sofreram bloqueios e os hospitais tiveram o atendimento prejudicado. Os gastos com a recuperação do patrimônio público alcançarão R$ 5 milhões.
A Capital foi submetida a um fenômeno climático que testou a sua capacidade de governança e resiliência, cujas marcas são a solidariedade e a cooperação, com o objetivo de superar e se recuperar de adversidades.
Não por acaso fomos escolhidos pela Fundação Rockefeller como cidade resiliente, nos colocando entre as 100 cidades do mundo que estão melhor preparadas para voltar à normalidade após a ocorrência de algum desastre natural.
Desde as primeiras horas mantive contato permanente com o prefeito Fortunati que, impossibilitado de retornar à Capital, participou de todas as decisões compartilhadas entre os parceiros envolvidos num Comitê de Emergência, reunindo órgãos da prefeitura, dos governos estadual e federal.
Como prefeito em exercício, coube a mim facilitar a conexão entre os parceiros e coordenar os recursos materiais e humanos voluntários, entre prefeituras da Grande Porto Alegre, empresas e o Corpo de Bombeiros de SC. Decretamos Estado de Emergência; firmamos parceria com a Susepe para que 80 apenados do sistema semiaberto auxiliassem na limpeza da cidade; o Comando Militar do Sul cedeu 60 militares; 1.429 servidores trabalharam com dedicação e mais 35 equipes foram contratadas emergencialmente.