O balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, é um destino turístico popular para russos e ucranianos. Há voos diretos e baratos, os preços de pacotes são mais acessíveis do que os de destinos no Mediterrâneo e o lugar, preferido por chefes de Estado árabes para encontros de cúpula, tem reputação de tranquilidade. Em março do ano passado, em Donetsk, na Ucrânia, a uma temperatura de alguns graus negativos, comentei com dois ucranianos que os termômetros de minha cidade marcavam mais de 40ºC naquele momento. Um deles disse que sabia o que era isso: tinha passado as férias em Sharm el-Sheikh.
Descartadas por ora evidências terroristas em queda de avião russo no Egito
As informações disponíveis até o momento sobre a queda do Airbus A321-200 da companhia russa Metrojet são insuficientes para se formar opinião a respeito do que ocorreu. Um dado, porém, é significativo: os destroços se espalharam por um raio de oito quilômetros no Deserto do Sinai, sugerindo que o avião se desintegrou no ar. A informação é coerente com as hipóteses de atentado, derrubada por míssil ou explosão provocada por falha técnica ou humana.
Rússia confirma que não há sobreviventes na queda do avião
Caso a possibilidade de atentado prevaleça, será inevitável relacioná-la à presença militar russa na Síria. Para a imensa maioria dos russos, a Síria é um lugar distante e de pouca importância. Grupos terroristas aprenderam na Chechênia e na Geórgia que a única forma de levar uma guerra para o coração da Mãe Russa é fazê-la tocar a vida cotidiana de milhões de civis em Moscou e São Petersburgo.
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