O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou, na segunda-feira (16), que a "linguagem inflamatória" dos democratas provocou o que as autoridades estão investigando como uma tentativa de assassinato contra ele, a segunda em pouco mais de dois meses. Em resposta, o presidente Joe Biden disse que os americanos resolvem suas diferenças nas urnas.
Em entrevista à Fox News, Trump pediu aos rivais que moderem sua retórica, mesmo enquanto os chamava de "inimigo interno" e "a verdadeira ameaça". Biden e a vice Kamala Harris, também candidata democrata à Casa Branca, condenaram imediatamente o episódio no domingo, dizendo que não há espaço para violência na política.
Mais tarde, em uma postagem nas redes sociais, Trump tentou vincular tanto o incidente de domingo quanto o atentado de 13 de julho, no qual ele foi ferido na orelha, a declarações feitas por Kamala sobre os quatro processos criminais que ele enfrenta.
As autoridades ainda não apresentaram possíveis motivações do suspeito, que foi preso após fugir do campo de golfe. Mas Trump disse à Fox News que ele "acreditou na retórica de Biden e Harris, e agiu com base nela".
Após as acusações de Trump, Biden reiterou sua oposição à retórica da violência.
— Sempre condenei a violência política. Sempre o farei — disse Biden na Filadélfia. — Os americanos resolvem suas diferenças pacificamente nas urnas, não com armas.