Um tiroteio aconteceu no domingo (15) no campo de golfe de West Palm Beach, na Flórida, onde estava o candidato republicano Donald Trump. Os disparos foram confirmados pela equipe do ex-presidente norte-americano, que garantiu que ele não se feriu.
O FBI, equivalente à Polícia Federal norte-americana, afirmou que está investigando uma nova tentativa de assassinato. Há dois meses, Trump foi atingido por um tiro de raspão na orelha.
O local fica próximo da residência de Donald Trump no resort de Mar-a-Lago. O republicano aproveitava um dia de folga na campanha presidencial.
Ainda no domingo, fotos de um fuzil AK-47, uma câmera GoPro e duas mochilas que foram abandonados próximo ao campo de golfe foram divulgados pelo FBI.
O que aconteceu
De acordo com o g1, um agente do Serviço Secreto vigiava Trump durante a partida de golfe, quando viu o cano de um fuzil em um arbusto perto da propriedade, a cerca de 400 metros do republicano.
Os agentes enfrentaram o suspeito e dispararam pelo menos quatro cartuchos de munição por volta das 13h30min. O atirador, identificado como Ryan Wesley Routh, 58 anos, largou a arma e as mochilas e fugiu em um carro preto. Uma testemunha conseguiu tirar fotos do carro e da placa.
Em seguida, as autoridades enviaram um alerta às agências estaduais com as informações sobre o veículo. As autoridades do condado de Martin, vizinho de West Palm Beach, conseguiram localizar o carro do suspeito e prendê-lo. Ninguém ficou ferido durante a ação.
O suspeito
Ryan Wesley Routh é o suspeito de planejar uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano, Donald Trump.
Routh é morador do Havaí e um grande defensor da Ucrânia na guerra contra a Rússia, tendo até mesmo escrito um livro de 291 páginas sobre o assunto no ano passado. Na obra, ele faz críticas a Trump, citando-o como "um presidente sem cérebro".
"Você é livre para assassinar Trump e também a mim por esse erro de julgamento e pelo desmantelamento do acordo", declara no livro.
Em 2002, Routh enfrentou acusações criminais por posse de uma arma de destruição maciça. Ele se declarou culpado na primeira acusação em abril do mesmo ano.
Declaração de Trump
Em e-mail enviado aos apoiadores após o incidente, Trump disse que "nunca se renderá".
"Houve tiros perto de onde eu estava, mas antes que os rumores comecem a sair do controle, eu queria que vocês ouvissem isso primeiro: EU ESTOU SEGURO E BEM! Nada vai me desacelerar. Eu NUNCA ME RENDEREI!", afirmou no texto.
Declaração de Kamala
A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência pelo Partido Democrata, Kamala Harris, afirmou em comunicado que está "feliz" por Trump estar seguro após relatos de tiroteios nas proximidades de onde o ex-presidente estava.
"A violência não tem lugar na América", completou Kamala em publicação no X, antigo Twitter.
Também na rede social, o senador Lindsey Graham, um dos principais aliados de Trump no Congresso, disse que falou com o ex-presidente após o incidente e que ele estava de "bom humor" e que é "uma das pessoas mais fortes que já conheci".