O furacão Helene causou pelo menos 35 mortes e grandes inundações em todo o sudeste dos Estados Unidos nesta sexta-feira (27), deixando milhões de pessoas sem eletricidade. As informações são do g1. A velocidade do vento, ao tocar o solo, foi estimada em 225 km/h.
O sistema tocou o solo como furacão de categoria quatro, numa escala que vai até cinco, tornando-se "extremamente perigoso" na noite de quinta-feira (26). Ao seguir em direção à Geórgia, ele foi rebaixado a tempestade tropical.
Estradas, casas e comércios ficaram submersos após Helene tocar a terra perto de Tallahassee, capital do estado da Flórida, durante a noite, avançando em direção ao norte.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) informou sobre "inundações históricas e catastróficas" e alertou para súbitas elevações das águas em Atlanta, a maior cidade da Geórgia, assim como nas Carolinas do Sul e do Norte.
Foram previstas chuvas de até 300 milímetros nas montanhas dos Apalaches, com áreas isoladas recebendo ainda mais.
Em Perry, uma cidade próxima ao ponto em que Helene atingiu a costa como um furacão de categoria quatro, as casas ficaram sem eletricidade e um posto de gasolina foi destruído.
— Sou da Flórida, então estou meio acostumado, mas em certo momento fiquei muito assustado. Parecia que minha casa ia voar — disse Larry Bailey, 32 anos, que passou a noite abrigado em sua pequena casa de madeira com seus dois sobrinhos e sua irmã.
Com o tufão Yagi atingindo a Ásia, a tempestade Boris levando chuvas para a Europa e as inundações extremas no Sahel, setembro tem sido um mês muito chuvoso em nível global.
Cientistas vinculam alguns fenômenos meteorológicos extremos diretamente ao aquecimento global causado pelo ser humano, mas ainda é muito cedo para tirar conclusões claras sobre o mês em curso.
Novo normal?
— Precisamos começar a nos perguntar: esse é o novo normal? Isso vai acontecer todo ano? — declarou Curtis Drafton, um voluntário de busca e resgate de 48 anos, em Steinhatchee, Flórida.
Alguns moradores de Atlanta usaram baldes para esvaziar a água pelas janelas do andar térreo.
Os aeroportos de Tampa e Tallahassee fecharam e mais de 3,4 milhões de residências e empresas ficaram sem energia na Flórida, Geórgia e nas Carolinas nesta sexta-feira, de acordo com o site de rastreamento PowerOutage.us.
Na zona de impacto, os moradores foram avisados sobre uma tempestade nunca antes vista.
O presidente Joe Biden e as autoridades estaduais pediram as pessoas que atendam aos avisos oficiais de evacuação antes da chegada de Helene, embora algumas tenham optado por ficar em casa para esperar a tempestade passar.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, mobilizou a Guarda Nacional e milhares de funcionários para possíveis operações de busca e resgate e restauração de energia.
Helene atingiu antes a península de Yucatán, no México, onde há vários resorts turísticos.