Os Estados Unidos planejam reforçar suas capacidades defensivas no Oriente Médio para proteger as forças norte-americanas e ajudar a defender Israel, afirmou o Pentágono na sexta-feira (2).
O anúncio foi feito depois que o Irã e seus aliados regionais prometeram adotar represálias pelos assassinatos de Ismail Haniyeh, a cara e o cérebro do grupo terrorista Hamas, na capital do Irã e de Fuad Shukr, um dos comandantes do Hezbollah, em Beirute, alimentando os temores de um conflito mais amplo na região.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, comandará múltiplas ações "para garantir que os Estados Unidos estejam preparados para responder a esta crise", disse a secretaria-adjunta de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.
Israel afirma ser responsável pela morte de Shukr, líder do Hezbollah. A ação, segundo o país, foi uma resposta ao lançamento de foguetes nas anexadas Colinas de Golã, que deixou 12 mortos. Israel ainda não comentou sobre o assassinato de Haniyeh, embora o Hamas e o Irã tenham atribuído às forças israelenses.
Uma fonte próxima ao Hezbollah disse à AFP que os funcionários iranianos se reuniram em Teerã na última quarta-feira (31) com representantes do chamado "eixo de resistência", uma aliança informal de grupos apoiados por Teerã e hostis a Israel, para discutir seus próximos passos.
— Dois cenários foram discutidos: uma resposta simultânea do Irã e de seus aliados ou uma resposta escalonada de cada parte — disse a fonte.
Em abril deste ano, o Irã realizou seu primeiro ataque direto em solo israelense, fazendo uma ofensiva com drones e mísseis depois que um ataque atribuído a Israel matou oficiais da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da república islâmica, em Damasco.
Na ocasião, as forças americanas ajudaram a defender Israel contra o ataque.