O chefe do movimento islamista Hezbollah do Líbano, Hasan Nasrallah, anunciou que o ataque lançado por seu grupo neste domingo (25) teve como alvo principal uma base de inteligência militar israelense perto de Tel Aviv.
Em um pronunciamento televisionado, Nasrallah informou que o foco da operação foi a base de Glilot, a principal de inteligência militar israelense, localizada a 110 quilômetros da fronteira com o Líbano.
Conforme a mídia israelense, o local abriga a sede do Mossad, o serviço de inteligência estrangeira de Israel. Um porta-voz do Exército israelense disse à AFP que a área não foi atingida.
O chefe do Hezbollah negou as "alegações enganosas" de Israel sobre a destruição dos lançadores de foguetes.
— As declarações de que a resistência iria lançar 8.000 ou 6.000 foguetes e drones e que (Israel) interrompeu isso [...] são afirmações enganosas — disse Nasrallah, acrescentando que apenas "algumas dezenas de lançadores de foguetes" foram destruídos.
O líder do movimento libanês disse que seu poderoso grupo islamista havia lançado seu ataque em duas fases.
Primeiro, disparou "340 foguetes katiusha" contra onze alvos militares no norte de Israel e nas Colinas de Golã. Em seguida, lançou drones do sul do Líbano e, pela primeira vez, segundo ele, do Vale de Bekaa, na fronteira com a Síria, que atingiram alvos militares em profundidade.
Além de Glilot, o Hezbollah teve como alvo a base da Força Aérea de Ein Shemer, a 70 quilômetros da fronteira, afirma o relatório.
Israel afirmou no início deste domingo que havia frustrado um ataque em grande escala do Hezbollah com vários bombardeios no Líbano.
O movimento libanês anunciou que havia lançado centenas de drones e foguetes contra Israel para vingar a morte de um de seus principais comandantes militares, Fuad Shukr, em um bombardeio israelense perto de Beirute em 30 de julho.
Hasan Nasrallah deu a entender que esse ataque havia terminado.
— Se o resultado for satisfatório e atender aos objetivos desejados, consideraremos a operação em resposta ao assassinato de Shukr "concluída" — declarou ele.
* AFP