O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país responderá aos ataques de drones realizados no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria, que provocaram a morte de três soldados americanos e deixaram outros feridos durante a madrugada de domingo (28).
Biden culpou as milícias apoiadas pelo Irã pelas primeiras mortes americanas após meses de ataques desses grupos contra as tropas dos EUA em todo o Oriente Médio em meio à guerra entre Israel e Hamas.
Em viagem pela Carolina do Sul, no domingo, o presidente dos EUA pediu um momento de silêncio durante a aparição que fez no salão de banquetes de uma igreja batista.
— Tivemos um dia difícil ontem à noite no Oriente Médio. Perdemos três almas corajosas em um ataque a uma de nossas bases — disse ele.
Após o momento de silêncio, Biden acrescentou:
— E responderemos.
Este foi o primeiro ataque mortal contra as forças dos EUA desde que a guerra Israel-Hamas eclodiu, em outubro de 2023. Com o crescente risco de escalada militar na região, as autoridades americanas estavam trabalhando para identificar conclusivamente o grupo preciso responsável pelo ataque, mas avaliaram que uma de várias organizações apoiadas pelo Irã estava por trás do episódio.
Biden afirmou em comunicado escrito que os Estados Unidos vão responsabilizar todos os envolvidos "em algum momento". O secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse que tomará todas as medidas necessárias para defender os Estados Unidos, as tropas e os interesses americanos.
Combatentes apoiados pelo Irã no leste da Síria começaram a evacuar seus postos, temendo ataques aéreos dos EUA, de acordo com Omar Abu Layla, um ativista sediado na Europa que dirige o meio de comunicação Deir Ezzor 24. Ele disse à Associated Press que as áreas são os redutos de Mayadeen e Bukamal.
De acordo com um oficial dos EUA, o número de soldados feridos pelo ataque de drone unilateral aumentou para pelo menos 34. Outro oficial disse que um grande drone atingiu a base e que dois outros americanos identificaram como uma instalação na Jordânia conhecida como Torre 22, ao longo da fronteira com a Síria e usada principalmente por tropas envolvidas na missão de promover assessoria e assistência às forças jordanianas.
Resposta do Irã
Nesta segunda-feira (29), o Irã refutou as acusações dos Estados Unidos, alegando que o país não tinha ligação com o ataque à base do país norte-americano e que o conflito na região envolvia as forças americanas e grupos de resistência local, que estavam retaliando ataques.
“O Irã não teve ligação e não tem nada a ver com o ataque à base dos EUA”, afirmou o centro missionário iraniano, em comunicado publicado pela agência de notícias estatal IRNA. “Há um conflito entre as forças dos EUA e grupos de resistência na região, que retribuem ataques retaliatórios”, acrescenta o texto, conforme informações do g1.