O líder do principal partido da oposição de Seychelles, Patrick Herminie, foi acusado nesta segunda-feira (2) no âmbito de uma investigação por denúncias de bruxaria.
Herminie, líder do Partido United Seychelles e possível candidato à eleição presidencial de 2025, denunciou a motivação política da decisão.
O político foi preso na sexta-feira (29), na sede de seu partido, e seu escritório foi revistado. Após a operação, ele foi liberado.
Junto com outras sete pessoas, Herminie foi acusado em um tribunal, nesta segunda-feira, como parte de uma investigação aberta por suspeitas de "bruxaria" neste arquipélago do Oceano Índico.
Após a operação, ele denunciou "um espetáculo político" orquestrado pelo presidente Wavel Ramkalawan, para "eliminar aqueles que ele sabe que podem tirá-lo do poder nas eleições de 2025", segundo a agência Seychelles News Agency.
Os promotores informaram que o nome de Herminie aparece em uma mensagem de WhatsApp de um cidadão tanzaniano preso em setembro, acusado de posse de objetos relacionados à bruxaria e itens com linguagens e símbolos classificados como "satânicos".
O caso está ligado a uma investigação após a descoberta de dois cadáveres desenterrados em um cemitério de Mahe, a principal ilha de Seychelles.
O tribunal libertou Herminie e outros acusados, com uma fiança de aproximadamente US$ 2,2 mil (R$ 11 mil), e o réu da Tanzânia foi mantido em prisão preventiva.
* AFP