O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, e o chefe da junta birmanesa, Min Aung Hlaing, se encontraram em Mianmar, na primeira reunião desde o golpe de fevereiro de 2021 que mergulhou o país em uma crise sangrenta.
A China está "do lado de Mianmar no cenário internacional", disse Qin Gang a Min Aung Hlaing, segundo um comunicado dos serviços de comunicação da junta.
"A China defende que a comunidade internacional respeite a soberania de Mianmar e desempenhe um papel construtivo para alcançar a paz e a reconciliação", afirmou o ministro chinês, de acordo com um comunicado de seu ministério.
O chanceler chinês ficará em Mianmar até quinta-feira, segundo a junta.
Wang Yi, ex-ministro das Relações Exteriores da China, visitou Mianmar em julho de 2022, mas não se encontrou com o chefe da junta.
Qin Gang também se reuniu com seu contraparte birmanês, Than Swe, de acordo com a mesma fonte.
A China é um importante aliado de Mianmar, fornecendo armas à junta e recusando-se a denunciar o golpe que derrubou o governo de Aung San Suu Kyi há dois anos.
Segundo analistas, Pequim também apoia e arma vários grupos rebeldes ao longo de sua fronteira com Mianmar, alguns dos quais entraram em confronto com o Exército em várias ocasiões desde o golpe.
A China compartilha uma fronteira de dois mil quilômetros com Mianmar.
* AFP