O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ampliou, nesta quarta-feira (8), à Mauritânia a oferta de apoio de Moscou contra os jihadistas, mostrando-se disposto a respeitar as posições desse país, que se pronunciou contra a guerra na Ucrânia.
Seu par mauritano Mohamed Salem Ould Marzouk invocou as "regras do direito internacional", e disse "compreender" as preocupações russas em matéria de segurança na Europa.
Lavrov continuou em Nuakchott a ofensiva diplomática russa na África, terreno de concorrência estratégica entre grandes potências intensificada pela guerra na Ucrânia.
Na terça-feira, no Mali, país do qual a Rússia se tornou um aliado privilegiado após a tomada do poder pelos militares, prometeu a ajuda de Moscou aos países do Sahel e do Golfo da Guiné contra os jihadistas, o que anuncia um envolvimento crescente no continente.
Após ser afetada pelo avanço do jihadismo, a Mauritânia, um país com apenas de 4,5 milhões de habitantes, mas um território vasto e majoritariamente desértico, não vivencia ataques desde 2011.
Ao lado de Burkina Faso, Niger e Chade, a Mauritânia faz parte do G5 do Sahel, que o Mali deixou em 2022, e de sua força conjunta antijihadista apoiada por França, Estados Unidos e ONU.
Lavrov foi recebido pelo presidente Mohamed Ould Cheikh El Ghazouani, indicou a agência de imprensa nacional.
* AFP