A Suécia deve pedir a entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na semana que vem. A ministra de Relações Exteriores do país, Ann Linde afirmou que o país está pronto para abandonar a neutralidade. A avaliação do governo sueco é que a participação na Otan vai estabilizar conflitos no mar Báltico. As informações são do portal G1.
— A adesão da Suécia à Otan aumentaria o limite para conflitos militares e, portanto, teria um efeito de prevenção de conflitos no norte da Europa — disse Linde.
A sinalização vem um dia após a Finlândia anunciar que irá encaminhar o pedido neste domingo (15). Desde o ano passado, Moscou tem aumentado a presença militar e exercícios das tropas russas no mar Báltico, para onde boa parte do território sueco e a costa oeste da Finlândia e da Rússia têm saída.
O ministro da Defesa do país, Peter Hultqvist, disse nesta sexta-feira (13) saber dos riscos da adesão à aliança militar, mas afirmou que as tropas suecas "estão preparadas" para qualquer retaliação de Moscou.
Há duas semanas, o Kremlin prometeu "consequências" caso Finlândia e Suécia se tornem membros da Otan. A Organização é considerada como um de seus principais inimigos atuais pelo governo de Vladimir Putin.
Durante anos, a maioria dos suecos e finlandeses defendeu uma política de não alinhamento militar. A invasão na Ucrânia mudou essa tendência em suas opiniões públicas. Os dois países nórdicos, membros da União Europeia (UE), cooperam com a Otan desde 1994 no âmbito do programa Parceria para a Paz. Eles também participaram em manobras conjuntas e em algumas operações, como no Afeganistão ou nos Balcãs.