Em seu primeiro discurso do Estado da União, tradicional pronunciamento anual dos presidentes dos Estados Unidos no Congresso, Joe Biden se concentrou no conflito na Ucrânia, criticou o presidente russo Vladimir Putin e anunciou sanções contra a Rússia. Um dos principais pontos foi o veto a que aviões russos sobrevoem o espaço aéreo americano.
— Putin está agora mais isolado do mundo do que nunca — disse Biden aos congressistas, acrescentando que o líder russo "não tem nem ideia do que está por vir" em termos de sanções econômicas.
O presidente dos EUA também chamou Putin de "ditador", alertando que o mundo está em uma "batalha" entre democracia e autocracia. Ele atacou o entorno do presidente russo, os oligarcas e "líderes corruptos" que, segundo ele, desviaram bilhões de dólares, dizendo que irão confiscar "seus iates, seus apartamentos de luxo e seus aviões privados".
Biden afirmou que os EUA vão liberar 30 milhões de barris de petróleo de sua reserva estratégica como parte de um esforço internacional para estabilizar o mercado após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
— Os Estados Unidos trabalharam com 30 outros países para liberar 60 milhões de barris de petróleo de reservas ao redor do mundo. Os Estados Unidos vão liderar esse esforço, liberando 30 milhões de barris de petróleo — anunciou Biden, acrescentando que Washington está "pronta para fazer mais, se necessário".
Biden defendeu ainda a importância da diplomacia americana e da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), formada pelos EUA e mais 29 países. Ele disse ainda que os EUA vão proteger "cada polegada de território da Otan".
Os congressistas americanos aplaudiram de pé a população ucraniana nesta terça-feira, durante o discurso do Estado da União.
— Por favor, levantem-se, se puderem, e mostrem que, sim, nós, os Estados Unidos da América, estamos com o povo ucraniano — pediu Biden no Congresso.